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Hub Salvador recebe evento que une ancestralidade e tecnologia

“Adoro artes e amei quando entrei aqui no Hub e vi as obras. Sou uma pessoa sem religião, mas bem espiritualizada. Adoro os orixás e o que eles representam para o nosso povo baiano”, comentou a designer Carol Ribeiro, de 26 anos.

Miquel Souzza
Por: Miquel Souzza Fonte: Assessoria de Comunicação.
22/05/2025 às 12h06
Hub Salvador recebe evento que une ancestralidade e tecnologia
Reprodução / Imprensa. - Lucas Moura/ Secom PMS

O Hub Salvador, que funciona como um espaço colaborativo para startups, empresas e freelancers, recebeu, na tarde desta quarta-feira (21), o evento “Futuros Ancestrais”, proporcionando aos visitantes e frequentadores do local uma verdadeira imersão nos saberes afro-brasileiros e nas tecnologias contemporâneas. O evento contou com o apoio da Prefeitura de Salvador, que é responsável pela gestão do local, por meio da Secretaria Municipal de Inovação e Tecnologia (Semit).

Logo na entrada do espaço, situado no bairro do Comércio, o público foi recepcionado com esculturas e quadros do artista plástico Samuel Cruz Santos, ex-carreteiro que hoje transforma papel em peças carregadas de espiritualidade e inovação.

As obras também foram expostas em outras áreas do Hub, permitindo que os usuários do local pudessem contemplá-las ao longo do dia. A exposição, que traz representações como Santa Dulce dos Pobres, Jesus Cristo crucificado, Oxóssi, Xangô e Nanã ficará aberta para visitação até o dia 20 de junho.

“Adoro artes e amei quando entrei aqui no Hub e vi as obras. Sou uma pessoa sem religião, mas bem espiritualizada. Adoro os orixás e o que eles representam para o nosso povo baiano”, comentou a designer Carol Ribeiro, de 26 anos.

O Hub também foi palco nesta quarta de palestras como a “Orixás como arquétipos de inovação”, ministrada por Adinelson Filho Àkànbí Ọdẹ, mestre e doutorando em Literatura e Cultura, além de pesquisador de língua, literatura e cultura yorùbá. “

Ele falou sobre tecnologia ancestral a partir dos orixás. “O culto aos orixás sempre foi sobre técnicas de sobrevivência, sobre a vida, sobre o desenvolvimento da vida. O que vai acontecer aqui hoje nada mais é do que trazer essa visão para os meios onde a tecnologia, como a conhecemos hoje, está presente”, explicou Àkànbí Ọdẹ.

O público presente na palestra também pôde conferir como os arquétipos e domínios dos orixás podem contribuir para o olhar sobre o empreendedorismo, a inovação e a criatividade, a partir das tecnologias digitais e eletrônicas.

“Falamos, por exemplo, de Exu, o orixá da comunicação; de Ogum, orixá da tecnologia e da metalurgia; e de Oxóssi, orixá da caça, da proteção à família e da estratégia. A ideia é mostrar como esses domínios se refletem no dia a dia de quem atua em áreas ligadas ao desenvolvimento de objetivos, de projetos e de empresas”, completou o palestrante.

O evento também contou com a mesa-redonda “Tecnologia como ferramenta de preservação e valorização cultural”, conduzida por Isis Almeida, CEO do Portal Black, e Sarah Morato, fundadora da Black School, que apresentou iniciativas tecnológicas voltadas à salvaguarda da cultura afro-brasileira, como aplicativos para o ensino de línguas africanas, digitalização de oralidades, narrativas interativas sobre mitologias e o uso de inteligência artificial na arte negra.

Conexões - De acordo com Alberto Braga, titular da Semit, o Hub não é apenas um espaço físico, mas um ambiente onde pessoas podem se desenvolver, criar negócios, fazer conexões e crescer profissionalmente, além de incentivar soluções criativas que possam ser aplicadas na gestão pública.

“A Prefeitura promove e apoia outros eventos aqui. Já fizemos, inclusive, vários hackathons e projetos inovadores de tecnologia. Realizamos também campeonatos, desafios, onde surgem soluções inovadoras tanto para a área pública quanto para a iniciativa privada, com o objetivo de ajudar a cidade a enfrentar suas dores. Salvador tem muita demanda na área pública, em diversos bairros, com várias deficiências. O papel do Hub é justamente esse: ser um catalisador, um ponto focal, que traz inovação e tecnologia para promover todo esse ecossistema”, comentou Braga.

Já Antônio Braga, CEO do HUB, diz que o espaço é um equipamento que dinamiza a inovação e busca representar o nosso povo e a cultura da capital baiana. “É importante destacar que Salvador é uma cidade com uma população majoritariamente negra, cerca de 80%. Então, quando trazemos eventos assim, com esse viés cultural e inovador, as pessoas se veem representadas", disse.

"Esse é um dos objetivos estratégicos do Hub, especialmente nesse novo momento da Prefeitura, com uma nova gestão, que compreende a importância do acolhimento e do reconhecimento. O Hub passa a ser um equipamento que entrega respostas melhores no campo da inovação para Salvador e para a nossa comunidade”, finalizou o CEO.

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