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Com apoio da Setur-BA, festas de matriz africana mantêm tradição no litoral baiano

No mesmo dia, em Arembepe (Camaçari), as homenagens à Iemanjá completaram 53 anos, com rodas de capoeira, grupos musicais e momentos de oração. Destaque para o presente biodegradável, criado pelo artista plástico Dhema.

04/02/2025 às 22h51
Por: Miquel Souzza Fonte: Assessoria de Comunicação.
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Reprodução / Imprensa.
Reprodução / Imprensa.

O último fim de semana foi marcado por homenagens a divindades de matriz africana, associadas às águas, espalhadas por todo o litoral baiano. Manifestações populares promovidas em Salvador e Itaparica, na região da Baía de Todos-os-Santos, e Camaçari, na Costa dos Coqueiros, tiveram o apoio da Secretaria de Turismo do Estado (Setur-BA). A iniciativa integra as ações do órgão para o incremento do afroturismo, um dos principais atrativos para visitantes brasileiros e estrangeiros.

Na capital, as celebrações começaram na noite de sábado (1º), com o “Sòrodó”, a entrega de oferendas à deusa Oxum, no Dique do Tororó. O cortejo, liderado pelo músico Carlinhos Brown, saiu das proximidades da Arena Fonte Nova e seguiu em direção às esculturas dos orixás que ornamentam o espaço de lazer, onde os presentes para a Rainha da Água Doce foram depositados.

“A Setur-BA deu total apoio e ajudou muito a elevar ainda mais o Sòrodó, que tem grande importância cultural para a perpetuação do culto, além de movimentar a economia nas comunidades”, declarou o presidente da Associação Brasileira de Preservação da Cultura Afro-ameríndia (AFA), Leonel Monteiro.

“Uma bela festa para Oxum. Gostei das cores, da música. Tudo foi muito bonito”, comentou o músico Enrico Carlini, da Itália, que está na segunda viagem a Salvador.

No domingo (2), a secretaria levou o projeto Agô Bahia para a centenária Festa de Iemanjá, a Rainha do Mar, no bairro do Rio Vermelho. A pasta reuniu baianas típicas e a percussão do bloco afro Muzenza, que interagiram com os participantes. Ela também realizou uma pesquisa sobre o perfil do turista que participa do evento, tempo de permanência, gasto e satisfação com os serviços.

Ainda no domingo, Ponta de Areia, em Itaparica, foi palco do Presente das Águas, promovido pelo terreiro Omo Ilê Agboulá. O cortejo fez o trajeto do Alto da Bela Vista até a praia, seguido por moradores e visitantes, para a entrega de oferendas no mar.

“As energias ligadas às águas estão em comunhão, neste dia. Temos uma parceria saudável com a Setur-BA, que não termina hoje, em nome da promoção do afroturismo baiano, que cresce cada vez mais no estado”, pontuou o sacerdote supremo do culto a Egungun, Balbino Daniel de Paula ( Alapini Idekum Oye).

A produtora cultural Magda Aparecida Castanho, de São Paulo, participou da festa em Itaparica, pela terceira vez. “ Essa manifestação representa a resiliência de uma cultura de fé desse povo, mostrando a força do coletivo”, ressaltou.

No mesmo dia, em Arembepe (Camaçari), as homenagens à Iemanjá completaram 53 anos, com rodas de capoeira, grupos musicais e momentos de oração. Destaque para o presente biodegradável, criado pelo artista plástico Dhema.

“ Atuamos pelo fortalecimento dessas tradições ligadas à ancestralidade, que têm um forte apelo na atração de visitantes. Seguiremos apoiando eventos do segmento, durante todo o ano, por meio de parcerias entre o Governo do Estado e entidades religiosas de matriz africana”, explicou o titular da Setur-BA, Maurício Bacelar, que participou das festividades em Salvador.

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