Depois de três dias de reuniões técnicas, o Grupo de Trabalho (GT) da Cultura aprovou por unanimidade o documento que reúne recomendações acerca dos eixos Diversidade Cultural e Inclusão Social; Direitos Autorais e Ambiente Digital; Economia Criativa e Desenvolvimento Sustentável; e Preservação e Promoção do Patrimônio Cultural e da Memória. O texto será apresentado durante a Reunião de Ministros da Cultura do G20, realizada nesta sexta-feira (8), em Salvador (BA).

O diálogo foi marcado por ricas contribuições e atenção às especificidades dos países membros. Um avanço em termos de construção colaborativa, como pontua Bruno Melo, coordenador do GT da Cultura no G20.

“Não é pouca coisa reconhecer que os direitos culturais são direitos fundamentais para a humanidade, que estão relacionados aos direitos consagrados na Declaração Universal dos Direitos Humanos e que, portanto, são essenciais para garantir a liberdade, o diálogo e a participação social. Não é pouca coisa, no contexto atual, reconhecer e exaltar todos esses aspectos de forma consensual, dialogada e respeitosa, entre países tão diversos, tão diferentes e com tantas especificidades. E ainda enfrentar, de forma transparente, o debate sobre os novos desafios do ambiente digital, a relação entre cultura e mudança do clima, o combate ao tráfico ilícito de bens culturais, entre tantos outros temas que foram discutidos nesses dias”.

Para ele, o Brasil é um país muito respeitado, exatamente por essa capacidade de promover a integração entre culturas, linguagens e povos.

A etapa superada no final da tarde desta quinta encerra a quarta reunião do GT. A primeira contou com formato virtual; a segunda, realizadas nos dias 28 e 29 de maio de 2024, foi sediada em Brasília; e a terceira, entre 5 e 7 de agosto, ocorreu no Rio de Janeiro. Ela também encerra a presidência brasileira, que na reunião de amanhã será passada simbolicamente à África do Sul.

“Essa presidência brasileira do G20 terminará com uma reunião de ministros da Cultura, com várias atividades artísticas, culturais, seminários, reflexões críticas sobre o mundo que vivemos, para onde estamos indo. É o grande legado que a gente pode deixar e torcer para que, no próximo ano, nossos companheiros da África do Sul possam levar isso ainda mais à frente, a nossa colaboração”, conclui Bruno.